Fala-se por toda parte, nos dias de hoje, sobre a promessa e o perigo da inteligência artificial. Mas para muitas famílias de baixa renda, comunidades de cor, veteranos militares, pessoas com deficiência e comunidades imigrantes, a IA é uma questão secundária. Suas preocupações diárias giram em torno de cuidar de sua saúde, navegar na economia, buscar oportunidades educacionais e manter a democracia. No entanto, suas preocupações também estão sendo ampliadas por meio de ataques cibernéticos avançados, persistentes e direcionados.

As operações cibernéticas são implacáveis, crescem em escala e exacerbam desigualdades existentes no cuidado de saúde, oportunidades econômicas, acesso à educação e participação democrática. E quando esses pilares da sociedade se tornam instáveis, as consequências se propagam pelas comunidades nacional e global. Coletivamente, os ciberataques têm impactos severos e de longo prazo em comunidades já à margem da sociedade. Esses ataques não são apenas uma questão tecnológica – representam uma crise de direitos civis em crescimento, desmantelando de forma desproporcional a segurança para grupos vulneráveis e reforçando barreiras sistêmicas de racismo e classismo. Os Estados Unidos atualmente carecem de uma resposta assertiva para deter a contínua armação de operações cibernéticas e garantir acesso digital, equidade, participação e segurança para comunidades marginalizadas.

Atenção Médica

Os ciberataques a hospitais e organizações de saúde mais do que dobraram em 2023, impactando mais de 39 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2023. Um ciberataque no final de novembro ao Hillcrest Medical Center em Tulsa, Oklahoma, levou a um desligamento em todo o sistema, fazendo com que ambulâncias mudassem de rota e cirurgias salvadoras de vidas fossem canceladas. Esses ataques impactam a confiança e a dependência dos pacientes nos sistemas de saúde, o que pode torná-los mais hesitantes em buscar cuidados, colocando em perigo ainda mais a saúde e a segurança de populações já vulneráveis.