O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará uma ordem executiva na quarta-feira com o objetivo de evitar que alguns países, incluindo China, Coreia do Norte e Rússia, comprem informações sensíveis sobre os americanos por meio de corretores de dados comerciais nos Estados Unidos. Autoridades afirmam que dados sensíveis, como identificadores pessoais, informações de localização precisa e biometria, estão sendo utilizados por esses países para cyberataques, espionagem e operações de chantagem contra os EUA. O Departamento de Justiça dos EUA lançará um processo de regulamentação para desenvolver um “programa de segurança de dados” proposto pela Casa Branca. Esse processo permitirá que especialistas, partes interessadas da indústria e o público em geral se manifestem antes que o governo adote a proposta. A ordem também incluirá uma lista de países que serão monitorados pelo programa, entre eles China, Cuba, Irã, Coreia do Norte, Rússia e Venezuela. No entanto, ainda não está claro quão eficaz será esse programa. Além disso, não está claro se o governo tem autoridade para restringir países aliados diplomática e militarmente, mas que também praticam espionagem contra os EUA. Se a China, Rússia ou Coreia do Norte tentarem obter dados dos EUA de terceiros em mais de 170 países não listados pelo governo dos EUA, pode haver pouco que impeça isso. Os corretores de dados dos EUA só precisam garantir que os clientes estrangeiros sigam requisitos de segurança específicos durante a transferência, muitos dos quais já são exigidos por lei. As restrições impostas pela ordem executiva são destinadas a proteger contra transferências diretas e indiretas de dados. No entanto, os corretores de dados são responsáveis apenas por obter algum tipo de comprometimento dos clientes estrangeiros quando se trata da possibilidade de venda ou transferência futura de dados para terceiros.