A polícia conseguiu infiltrar e perturbar com sucesso a plataforma de fraude “LabHost”, utilizada por mais de 2.000 criminosos para defraudar vítimas em todo o mundo.
Uma grande operação internacional, liderada pela Polícia Metropolitana do Reino Unido, assumiu o controle do LabHost, que vinha auxiliando cibercriminosos a criar websites de phishing desde 2021 para roubar informações sensíveis, como senhas, endereços de e-mail e detalhes bancários.
O LabHost ajudou os criminosos a criar mais de 40.000 websites fraudulentos e roubar dados de mais de 70.000 vítimas somente no Reino Unido. Os golpistas usaram o serviço para roubar grandes quantidades de informações, incluindo 480.000 números de cartão, 64.000 PINs e mais de um milhão de senhas.
Até o início de 2024, o LabHost tinha mais de 2.000 usuários registrados pagando uma taxa de assinatura mensal. Aqueles com “membro mundial” poderiam mirar vítimas internacionalmente, ao custo de £200 a £300 por mês.
37 suspeitos foram presos em todo o Reino Unido e por agências internacionais de aplicação da lei, incluindo nos aeroportos de Manchester e Luton, Londres e Essex. Além disso, mais de 70 endereços no Reino Unido e em todo o mundo foram vasculhados.
Ontem, o LabHost e seus sites fraudulentos associados foram substituídos por um anúncio policial de que foram apreendidos.
Enquanto isso, cerca de 25.000 vítimas no Reino Unido que foram identificadas devem receber mensagens de texto alertando sobre possíveis fraudes e aconselhando-as a visitar um site da Polícia Metropolitana para orientação.
Por outro lado, de forma estilosa, centenas de criminosos que utilizavam os serviços do LabHost receberam um vídeo personalizado “LabHost Wrapped”, sinalizando que a polícia conhece suas identidades e atividades. O objetivo é minar a confiança deles e desencorajar o uso futuro de tais serviços.
“A probabilidade de ser vítima de fraude é maior do que qualquer outro crime”, disse a Comissária Adjunta da Polícia Metropolitana, Dame Lynne Owens. “Os fraudadores online pensam que podem agir com impunidade. Acreditam que podem se esconder atrás de identidades digitais e plataformas como o LabHost e têm absoluta confiança de que esses sites são impenetráveis pela polícia. Mas essa operação e outras realizadas ao longo do último ano mostram como a aplicação da lei em todo o mundo pode, e vai, unir-se com outros e parceiros do setor privado para desmantelar redes internacionais de fraude na fonte.”
