Um ator desconhecido está explorando falhas de segurança conhecidas no Microsoft Exchange Server para implantar malware keylogger em ataques direcionados a entidades na África e no Oriente Médio.
A empresa russa de cibersegurança Positive Technologies afirmou ter identificado mais de 30 vítimas, incluindo agências governamentais, bancos, empresas de TI e instituições de ensino. A primeira invasão data de 2021.
“Este keylogger estava coletando credenciais de contas em um arquivo acessível por um caminho especial da internet”, disse a empresa em um relatório publicado na semana passada.
Os países alvos incluem Rússia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Níger, Nigéria, Etiópia, Maurício, Jordânia e Líbano.
As cadeias de ataque começam com a exploração das falhas ProxyShell (CVE-2021-34473, CVE-2021-34523 e CVE-2021-31207), originalmente corrigidas pela Microsoft em maio de 2021.
A exploração bem-sucedida das vulnerabilidades poderia permitir que um invasor evitasse a autenticação, elevasse seus privilégios e executasse um código remoto não autenticado. A cadeia de exploração foi descoberta e publicada pela equipe de pesquisa DEVCORE Research, liderada por Orange Tsai.
A exploração do ProxyShell é seguida pelos atores adicionando o keylogger à página principal do servidor (“logon.aspx”), além de injetar um código responsável por capturar as credenciais em um arquivo acessível pela internet ao clicar no botão de login.
A Positive Technologies afirmou que não pode atribuir os ataques a um ator ou grupo conhecido neste estágio sem informações adicionais.
Além de atualizar suas instâncias do Microsoft Exchange Server para a versão mais recente, as organizações são instadas a procurar possíveis sinais de comprometimento na página principal do Exchange Server, incluindo a função clkLgn(), onde o keylogger é inserido.
“Se o seu servidor foi comprometido, identifique os dados da conta que foram roubados e exclua o arquivo onde esses dados são armazenados pelos hackers”, disse a empresa. “Você pode encontrar o caminho para este arquivo no arquivo logon.aspx.”