Zâmbia prende 77 pessoas em operação contra centro de chamadas “fraudulento”

Agentes da lei na Zâmbia prenderam 77 pessoas em uma empresa de call center que alegam ter contratado jovens locais recém-formados para enganar usuários da internet ao redor do mundo. Segundo as autoridades zambianas, a Golden Top Support Services, uma empresa operada por chineses e localizada em uma área nobre da capital Lusaka, recrutou jovens zambianos com idades entre 20 e 25 anos, que acreditavam estar sendo contratados como agentes de call center. Na realidade, os funcionários foram instruídos a participar de conversas fraudulentas com usuários de celular ao redor do mundo via WhatsApp, Telegram e outras salas de bate-papo online, usando diálogos planejados para roubar dinheiro de suas vítimas. Em uma coletiva de imprensa postada no Facebook, a Comissão de Combate às Drogas da Zâmbia descreveu como as autoridades invadiram as instalações da Golden Top Support Services após meses de investigação sobre o suposto sindicato de fraudes na internet. De acordo com as autoridades, as vítimas não se limitaram às fronteiras da Zâmbia, mas se estenderam até países como Singapura, Peru, Emirados Árabes Unidos e outros países da África. O diretor geral da comissão, Nason Banda, enfatizou a importância das vítimas de golpes relataram incidentes de fraude às autoridades. A operação na Golden Top Support Services, que foi descrita como um “avanço significativo na luta contra crimes cibernéticos”, além de prender 77 pessoas (incluindo 22 homens chineses e um camarones, apreendeu veículos, duas armas de fogo, 78 munições, 97 PCs de mesa, 42 computadores novos e lacrados e mais de 13.000 cartões SIM da Airtel, MTN e Vodafone. Durante a operação, os investigadores também descobriram outros equipamentos de TI, incluindo 11 caixas de SIM que permitem chamadas contornarem redes telefônicas legítimas e fazer chamadas fraudulentas. Seis propriedades ligadas à empresa no centro da investigação também foram apreendidas pelas autoridades, incluindo uma residência luxuosa à beira de um lago. 17 suspeitos zambianos foram liberados desde então, mas o restante dos presos foram detidos para interrogatório adicional.